CentroesteNews
09/01/2025
Anna Vitória Bispo
O litoral paulista enfrenta um surto de virose causado pelo norovírus, um agente altamente contagioso responsável por provocar gastroenterites virais. Autoridades de saúde confirmaram que mais de 11 mil pessoas foram afetadas desde o início da temporada de verão, com sintomas como náuseas, vômitos, diarreia intensa e dores abdominais. A maior parte dos casos foi registrada em cidades da Baixada Santista, como Guarujá e Praia Grande, locais que atraem milhares de turistas durante o período de férias.
O Instituto Adolfo Lutz identificou a presença do norovírus em amostras coletadas em pacientes da região, reforçando que a transmissão ocorre principalmente por via oral-fecal. O contágio pode acontecer através do consumo de água ou alimentos contaminados, além do contato direto com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas. As altas temperaturas, a grande circulação de pessoas e possíveis problemas no sistema de saneamento básico da região são fatores que podem ter contribuído para a rápida disseminação do vírus.
Diante do surto, as autoridades de saúde reforçaram medidas preventivas para conter a propagação. A recomendação é lavar as mãos com frequência, utilizar água potável, evitar o consumo de alimentos mal higienizados e reduzir o contato com pessoas que apresentem sintomas da doença. Em casos de infecção, é essencial buscar atendimento médico, principalmente se os sintomas persistirem, e manter-se hidratado para evitar complicações.
O governo do estado de São Paulo está intensificando as ações de vigilância epidemiológica na região, com o objetivo de controlar o surto e evitar novos casos. Campanhas educativas estão sendo promovidas para conscientizar moradores e turistas sobre a importância de práticas de higiene. Equipes de saúde estão monitorando a situação e oferecendo suporte nos locais mais afetados.
O norovírus é conhecido por sua rápida disseminação, especialmente em locais com grande aglomeração de pessoas, como praias e estabelecimentos turísticos. Especialistas alertam que, embora os sintomas sejam geralmente autolimitados, grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida, devem redobrar os cuidados para evitar complicações graves.
A situação no litoral paulista é um lembrete da importância de investimentos contínuos em saneamento básico e monitoramento sanitário, especialmente em regiões que recebem grande fluxo de visitantes. Enquanto as ações para conter o surto avançam, a colaboração da população é essencial para reduzir a transmissão e proteger a saúde coletiva.
