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Crise da Dengue em 2024: Casos ultrapassam 6,4 milhões e mortes chegam a 5,9 mil

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CentroesteNews

07/01/2025

Anna Vitória Bispo

 

O Brasil enfrenta uma das piores epidemias de dengue de sua história em 2024, com mais de 6,4 milhões de casos registrados e 5,9 mil mortes confirmadas até dezembro. Esses números representam um aumento alarmante em comparação aos anos anteriores, evidenciando desafios críticos na prevenção e controle da doença.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, regiões como Centro-Oeste e Sudeste concentram a maior parte dos casos, mas o surto tem se espalhado por todo o país. Capitais como Goiânia, Campo Grande e São Paulo registraram altos índices de notificações, sobrecarregando o sistema de saúde. Especialistas apontam vários fatores para a escalada da epidemia, incluindo as mudanças climáticas, a expansão das áreas urbanas e falhas na gestão de controle do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

A dengue é transmitida pela picada do mosquito infectado e pode se manifestar de forma leve ou grave. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dores no corpo e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, há risco de hemorragias e óbito. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o sorotipo DENV-2 tem sido predominante em 2024, conhecido por estar associado a formas mais severas da doença.

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram que o país registrou, ao longo de todo o ano de 2024, um total de 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes provocadas pela doença.

Impacto Social e Econômico

Além das mortes e internações, a epidemia tem causado impactos sociais e econômicos significativos. Escolas e empresas relataram altos índices de ausências devido à doença, afetando a produtividade e o funcionamento de diversos setores. O custo para o sistema de saúde também disparou, com gastos em medicamentos, internações e campanhas emergenciais de prevenção.

Medidas de Controle e Prevenção

Para conter a epidemia, o Ministério da Saúde intensificou as campanhas de conscientização sobre a importância de eliminar focos do mosquito, como água parada em pneus, vasos de plantas e caixas d’água. Além disso, governos estaduais e municipais estão promovendo mutirões de limpeza e utilização de inseticidas em áreas de maior incidência.

Apesar desses esforços, especialistas afirmam que a prevenção a longo prazo requer soluções mais estruturais. Investimentos em saneamento básico, pesquisas para vacinas mais eficazes e educação continuada sobre os riscos da dengue são essenciais para evitar crises futuras.

Alerta e Recomendações à População

Diante do cenário, é fundamental que a população adote medidas de proteção. Usar repelentes, instalar telas em portas e janelas e evitar acumular água parada são atitudes simples que podem salvar vidas. Em casos de sintomas, é essencial procurar atendimento médico imediato para evitar a progressão para formas graves da doença.

A epidemia de dengue em 2024 é um reflexo das fragilidades no enfrentamento de pra que o país esteja melhor preparado para lidar com crises semelhantes no futuro.

Problemas ambientais, sociais e sanitários. O enfrentamento efetivo exige colaboração entre governos, instituições de saúde e a sociedade como um todo.

Fonte:
Centroeste News
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