CentroesteNews
28/01/2025
Anna Vitória Bispo
Vivemos na era digital, onde a internet se tornou parte essencial do dia a dia. Redes sociais, aplicativos, notícias em tempo real e a conexão constante transformaram a forma como interagimos com o mundo. No entanto, essa revolução tecnológica também trouxe consequências preocupantes para a saúde mental. O aumento dos casos de ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos levanta a questão: a internet está nos deixando doentes?
Pesquisas indicam que o uso excessivo das redes sociais pode gerar comparações constantes, levando à insatisfação com a própria vida. O fenômeno da “vida perfeita” exibida online cria uma ilusão de felicidade inatingível, fazendo com que muitas pessoas sintam que não são boas o suficiente. Além disso, a exposição a notícias negativas e discursos de ódio pode aumentar o estresse e contribuir para um estado de alerta permanente, dificultando o bem-estar emocional.
Outro fator preocupante é a dependência digital. O uso excessivo de telas pode prejudicar o sono, reduzir a capacidade de concentração e até interferir nas relações sociais presenciais. A notificação constante nos dispositivos mantém o cérebro em um ciclo de estímulo que pode levar à exaustão mental. Muitos jovens relatam sentir ansiedade ao ficar longe do celular, um comportamento que se assemelha a sintomas de abstinência.
No entanto, a internet também tem seu lado positivo. O acesso à informação facilita o aprendizado e permite que pessoas com dificuldades emocionais encontrem apoio e orientação. Terapias online, grupos de suporte e conteúdos educativos sobre saúde mental ajudam muitos a compreender e lidar melhor com suas emoções.
O problema não está na internet em si, mas na forma como a utilizamos. Criar limites saudáveis, reduzir o tempo de tela e priorizar interações reais são passos fundamentais para evitar que a tecnologia se torne uma inimiga do bem-estar. Em um mundo hiperconectado, o desafio é encontrar o equilíbrio entre o digital e a vida real.