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COP30: Como Belém pode superar o déficit de hospedagem para o evento global

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CentroesteNews

06/01/2025

Anna Vitória Bispo

 

A cidade de Belém, escolhida para sediar a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em 2025, enfrenta um grande desafio: adequar sua infraestrutura para receber o evento de escala global. Um dos pontos críticos é a oferta de hospedagem, que precisará ser significativamente ampliada para atender à demanda de delegações internacionais, autoridades, ambientalistas, jornalistas e turistas.

Déficit de leitos de hotel
Atualmente, a capital paraense conta com cerca de 20 mil leitos disponíveis em hotéis, pousadas e demais opções de hospedagem. No entanto, estima-se que o evento demande pelo menos o dobro dessa capacidade. Para efeito de comparação, a cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, que sediou a COP27, oferecia aproximadamente 60 mil leitos e ainda assim enfrentou desafios logísticos para atender a demanda.

De acordo com especialistas do setor, o aumento de leitos em Belém não se trata apenas de construir novos hotéis. Investir em alternativas como aluguel de imóveis por aplicativos, ampliação de pousadas e até mesmo hospedagem solidária com moradores locais podem ser estratégias viáveis para suprir parte da demanda.

Impactos econômicos e oportunidades
A realização da COP30 em Belém representa uma oportunidade única para a cidade, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. Além do fortalecimento do turismo e da visibilidade internacional, a ampliação da infraestrutura hoteleira pode gerar empregos diretos e indiretos na construção civil, no setor de serviços e no comércio local.

No entanto, para que a cidade aproveite ao máximo esse potencial, é necessário um esforço conjunto entre os governos federal, estadual e municipal, em parceria com a iniciativa privada.

A urgência do planejamento
A dois anos do evento, a sensação de urgência é crescente. O governo do Pará anunciou a criação de um comitê gestor para coordenar as ações necessárias para a COP30, mas os desafios logísticos ainda são imensos. Além dos leitos, questões como transporte, segurança, saneamento e conectividade digital também precisam de atenção.

Belém tem a oportunidade de não apenas atender às exigências da COP30, mas também de deixar um legado positivo para seus moradores e futuros visitantes. Contudo, para isso, será necessário transformar os desafios em soluções criativas e efetivas.

 

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