Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles.

Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Seu Principal Portal de Notícias

“Ainda estamos aqui por memória e justiça”, diz Amelinha

[rt_reading_time label="Tempo de Leitura:" postfix="minutos" postfix_singular="minuto"]
Compartilhar

CentroesteNews

09/01/2025

Anna Vitória Bispo

 

 

No dia em que o Brasil relembra o ato golpista de 8 de janeiro de 2023, e novos atos na capital do país celebram a democracia, quem sobreviveu ao regime autoritário da ditadura vê com esperança o momento atual e comemora o sucesso do filme Ainda Estou Aqui.

Nesta quarta-feira (8), Mara Régia entrevistou a jornalista Amélia Teles, conhecida como Amelinha, que foi perseguida e presa na ditadura militar, no programa Viva Maria, da Rádio Nacional. O foco da entrevista foi o Globo de Ouro conquistado pela atriz Fernanda Torres pela atuação no filme.

“Esse prêmio da Fernanda Torres, eu acho que retoma um momento de esperança, sabe? Rompe com essas barreiras negacionistas que ainda querem iludir a sociedade de que não houve uma ditadura, de que não houve tortura, de que não houve prisões arbitrárias, sequestros, inclusive não só de militantes políticos, mas também de todas as famílias, de crianças, né? Como no meu caso, meus dois filhos, de 5 e 4 anos foram sequestrados pelo DOI-Codi aqui de São Paulo”, diz Amelinha.

O filme Ainda Estou Aqui conta a história da família Paiva, que em 1971, com o endurecimento da ditadura militar, precisa enfrentar o desaparecimento e assassinato de Rubens Paiva, engenheiro civil e político brasileiro. A história é contada do ponto de vista de quem fica, a esposa Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres.

“É a arte a serviço da história do Brasil, dignificando a história do Brasil, porque isso não é uma página virada. O que aconteceu há mais de 60 anos, o bloco militar de 1964 não pode ser jamais esquecido. Temos que revisitar essa história, trazer essa memória, para que a gente se fortifique enquanto sociedade, para defender de forma bem cabal a justiça, a democracia”, defende, Amelinha, na entrevista.

A ditadura militar se estendeu de 1964 a 1985. O período em que o país foi controlado por militares é marcado por repressão, censura à imprensa, restrição aos direitos políticos e perseguição aos opositores do regime. A Comissão Nacional da Verdade reconheceu 434 mortes e desaparecimentos durante a ditadura.

A Comissão Camponesa da Verdade também reconheceu o impacto do período para os povos do campo e apresentou, em 2015, um relatório que lista 1.196 camponeses e apoiadores mortos ou desaparecidos entre 1961 e 1988.

Para Amelinha, o filme mostra que a luta de familiares, amigos e mesmo de quem sobreviveu à ditadura ainda persiste. “Eu fiquei muito feliz de ver. E o tema? Ainda estou aqui, ainda estamos aqui nessa luta eu acho que essa premiação retoma esse processo de esperança de que valeu e vale a pena a luta”, diz, e ressalta: “Viva a democracia e ainda estamos aqui por memória, verdade e justiça”.

 

Comentários