O ano de 2024 está no caminho de se tornar o mais quente da história registrada, evidenciando os impactos do aquecimento global. Dados recentes mostram que a temperatura global média ultrapassou 1,5°C acima dos níveis pré-industriais em várias ocasiões, uma marca alarmante que alerta para as consequências irreversíveis da crise climática.
O fenômeno climático El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico, intensificou eventos extremos. Inundações catastróficas, como as registradas em países da Ásia, e secas severas, que atingem regiões como o Mediterrâneo, são consequências diretas. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, espera-se que 2024 supere os recordes anteriores estabelecidos em 2016, outro ano fortemente influenciado pelo El Niño.
Estatísticas reforçam o cenário: as temperaturas médias globais nos primeiros meses de 2024 ficaram 0,98°C acima da média registrada entre 1991 e 2020. Nas regiões polares, os níveis mínimos de gelo marinho do Ártico atingiram uma baixa histórica, o que contribuiu ainda mais para o aumento do nível do mar e o aquecimento regional.
O impacto não é apenas ambiental. Estimativas da ONU apontam que os custos globais relacionados a desastres climáticos devem ultrapassar os 400 bilhões de dólares em 2024, afetando economias vulneráveis e acentuando desigualdades.
Especialistas reforçam a urgência de medidas robustas para reduzir emissões de gases de efeito estufa e acelerar a transição para uma economia sustentável, evitando que o limite de 1,5°C seja regularmente ultrapassado.